sábado, 2 de junho de 2007

Groucho Marx,

Que Dylan Dog, a série criada por Tiziano Sclavi, para a Sergio Bonnelli Editora é uma história em quadrinhos cinematográfica é indiscutível. Seja em história que seguem a trama de algum filme, seja nas tradicionais idas no cinema, é fato que Dylan Dog é um deleite para os cinéfilos de plantão que adoram pescar as citações cinematográficas em suas aventuras.
Porém, a maior citação de todas está ali, desde o primeiro número, e pode passar despercebida aos menos atentos. Seu nome: Groucho Marx.
O fiel assistente do Investigador do Pesadelo é, na verdade, um personagem da vida real, que é tido como um dos maiores comediantes da história: Julius Henry Marx (1890-1977), mais conhecido como Groucho, fazia parte da trupe dos irmãos Marx, composta por ele e seus irmãos Chico e Harpo. Em filmes como No Hotel da Fuzarca, Por Conta do Bonifácio, O Diabo a Quatro e outros, os irmãos davam uma aula de humor, principalmente Groucho, com sua voz inconfundível e carisma imenso, se tornou um dos atores mais importantes dos EUA e, por que não, do planeta.
Groucho foi aliás o único dos Marx que conseguiu fazer sucesso sozinho, como ator e apresentador. Seu talento lhe garantiu um Oscar especial da Academia de Artes Cinematográficas de Holywood em 1974, três anos antes de morrer.
Infelizmente, Groucho morreu 9 anos antes de a primeira edição de Dylan Dog ser lançada. Portanto jamais pôde testemunhar este tributo de Tiziano Sclavi a ele. Pena.
Uma última curiosidade: os outros Marx também deram as caras nas edições de DYD da Mythos: preste bem atenção nas páginas 18 e 24 do número 18 (Jekyll) e na página 55 do número 19 (Aconteceu amanhã), onde Chico aparece como um bookmaker e trava um diálogo absurdo com Groucho.